sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A função do xeretar

A internet melhorou a vida das pessoas em várias áreas de suas vidas. Há várias opções de entretenimento, de relacionamento, de informação. Inspirou artistas, ajudou empresários, facilitou compras e serviços. Tudo é mais rápido, inclusive xeretar a vida das pessoas. Xeretar é algo interessante.
Você entra na net para: ver sua página no orkut e verificar se tem algum recado novo pra você, entra no e-mail para ver se tem e-mail novo, fazer pesquisa para um trabalho de escola ou faculdade, como ferramenta de trabalho... bom, são várias opções, mas digamos que, seja lá qual for o motivo pelo qual você acessa a net, se você não xeretasse páginas de orkut alheio, blogs, twitteres, caixa de e-mail do seu namorado ou namorada, do seu ex-namorado ou ex-namorada, ou da namorada do seu ex-namorado ou namorado do seu ex-namorado, ou namorada da ex-namorada ou do namorado da sua ex-namorada, você gastaria no mínimo 50% a menos do tempo que normalmente utiliza, isso é, você está gastando muito mais energia do que precisaria ou deveria e poderia estar ajudando o meio ambiente.
Mas, o que seria das pessoas se não fosse a vida das outras pessoas para poderem cuidar, não é mesmo? Ou o que seria dos sites de relacionamento se não fosse para se mostrar e ser xeretado - claro, além daqueles que utilizam apenas para manter contato com seus amigos.
Bom, isso é: o xeretar funciona para xeretear. A vida das pessoas estão aí para serem xeretadas e os xeretas estão aí para cumprir a função deles, que é ... xeretar!!!
Agora, se quer saber se eu xereto a vida dos outros???
Claro que sim, afinal, temos que manter tudo em funcionamento, inclusive a xeretice (se for com dois s eu ficarei sabendo pelos xeretas!).

beijos a todos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

aniversário

Hoje estou comemorando 3 anos e meio com meu querido insuportável namo e amanhã comemorarei um mês de blog!!!!!!!!

uia!!

obrigada, Carol, de novo, pois nesse mês rendeu um texto publicado no jletras e um livro quase pronto pra lançar................

é pique
é pique

é hora
é hora

tim
bum!!!

5 minutos!
5 minutos!

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Esse é do ano passado!

As duas metades da laranja

Eram um só antes que interviessem entre eles, antes que acabassem com a união pacífica, perfeita.
Como se fosse novela, em imagens reais. A mãe prepara a janta, os filhos chegam da escola, tomam banho e aguardam a chegada do pai, que, de tão cansado e faminto, apenas lava as mãos e se senta para jantar – o banho fica para a hora antes de dormir. E as novidades são contadas entre uma garfada e outra: “a vizinha tem um novo namorado”, “o chefe estava uma fera hoje”, “a professora chamou a atenção de um casal de alunos que estava namorando durante a aula”, “preciso de dinheiro para ir ao shopping com minhas amigas”. E então, terminado o jantar, o pai estica o braço até a fruteira... a expectativa aumenta!! Há dias que ele prefere bananas, ou pêras, ou outras. Há dias que prefere laranjas, e esse é o pior dia de todos.
Todas as noites, durante e após o jantar, eles assistiam a essas cenas juntos, unidos como sempre. Riam quando as notícias eram boas ou engraçadas, torciam para que os corações apaixonados pudessem continuar juntos, unidos como eles. Choravam juntos quando a família perdia membros que estavam presentes no dia-a-dia, e se emocionavam como eles e sofriam com a expectativa de um fim iminente. Porém, eram felizes assim mesmo, pois estavam juntos e aproveitavam cada momento juntos sendo dois corações um só.
Mas naquela noite, havia muita agitação, mais pessoas do que costumavam aparecer naquelas cenas cotidianas, e eles sentiam algo diferente, uma inquietação perturbante, sentiam que algo iria acontecer. Havia mais feijão que de costume, uma salada completa que só viam na televisão, uma carne assada apetitosa estilo “Mais Você” e um arroz branco “soltinho” numa travessa de inox utilizada para quando tinham visitas. Mas isso tudo não era o que preocupava. Havia no canto da pia um refratário diferente, bonito, colorido. E pelos desenhos, seria para a salada de frutas!!
E o momento chegou. Uma a uma, de todas as variedades foi tirada de sua tranqüilidade, de sua mesmice, e foi para o fim, o destino. E não podia ser diferente com eles. Chegou a hora da separação inevitável. Já não eram um só. Agora, eram dois, cada um de um lado, espremidos por mãos impiedosas, mas que não sabiam que o estavam sendo. Separados pelo destino, por aquela faca muito bem afiada, preparada especialmente para isso. Com o coração partido e a tristeza do destino consumado, o amor sobrevivia, pois um sem o outro não era nada, eram apenas duas metades impossíveis de serem completas novamente.
A saudade baterá, as lembranças, que ainda estavam recentes, cairão no esquecimento. A dor é inevitável.
Assim, mais uma história de amor acaba, com cada metade do seu lado, e não tem jeito, pois é a vida e não há o que fazer contra isso, pois, toda laranja tem seu final assim.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Cici e Jr



EU E VOCÊ

Como se identifica o amor?
Numa palavra doce.
Num gesto carinhoso.
Num apoio recebido na hora certa.
Num abraço apertado.
Num olhar cúmplice.
Num presente inesperado.
Num passeio divertido.
Numa viagem inesquecível.
Num ombro pra chorar.
Numa conta pra dividir.
Numa discussão para se entender.
Nos problemas para crescer.
Nos anos que passam.
Nas lágrimas enxugadas.
Num beijo com saudade.
Nas mensagens surpresas.
Nos filmes assistidos abraçados.
Na falta do que fazer.
No fazer nada juntos.
Num remédio e copo d'água.
Num suquinho gelado
ou numa carninha bem assada.
Num prato feito
ou num açaí compartilhado.
Em contas pra pagar
ou em dívidas que tiram o sono.
Na falta de emprego
ou num emprego que não contenta.
Nas palavras “Eu te amo”.
Na convivência que nada substitui.
Em mim e em você.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Cada coisa em seu lugar

Uma bela paisagem

O desenho, até então, estava lindo! Era uma bela paisagem de campo, num fim de tarde, com uma brisa balançando as flores suavemente. Quer dizer, os caules delas, pois essas, ainda serão feitas.
Você consegue sentir a brisa?
Todo o desenho foi feito por canetinhas coloridas. O azul do céu contornou as nuvens brancas do papel. O amarelo fez o sol e seus raios tão delicados, descendo o céu e tocando o campo.
Você consegue ver essa beleza?
O chão, primeiramente, foi feito pelo verde-escuro, que fez a base dos caules das flores, mas esses foram terminados pelo verde-claro, afinal, com esse sol, não há o que fique escuro.
A árvore no canto à esquerda foi feita pelo marrom em seu tronco e o verde-escuro em sua copa. Muito frondosa, tentou fazer uma sombra, mas, nessa bela paisagem, não muito espaço para sombras, apenas para muita luz. Mas, deixemos claro, a árvore faz sombras, não para atrapalhar a luz, mas porque sabe que gostamos muito de descansar numa sombra e poder sentir melhor a brisa do campo.
Você está cansado?
O fim do desenho está próximo. Você pode ver o vermelho, o laranja e o rosa na espera? É a vez deles. Eles farão as flores e, esse campo será o mais florido, perfumado e iluminado onde você já esteve!
Você está sentindo essa paz?
O laranja começou, em pequenos montes, contornar com traços finos e leves suas flores. Que lindo está ficando.
Você não acha?
Assim que terminou, o laranja pôde ver o vermelho que já não agüentava mais esperar. Estava ansioso para mostrar suas habilidades e colaborar com essa bela paisagem. Com muita delicadeza, fez suas flores com destreza e amor. Muitos detalhes, muitas flores, realmente, o vermelho cumpriu sua tarefa com tamanha perfeição, que já dá pra sentir o perfume de suas flores.
Você está sentindo esse perfume?
Agora, na reta final, a expectativa é grande. O rosa entra em cena. Mas, olhe só, ele não parece muito bem. Está sério, pálido, o que será que ele tem?
O azul que fora o primeiro no desenho, já não agüentava mais esperar:
- Vamos logo, rosa!
O verde-escuro, também impaciente:
- Se não está afim, não venha nos atrasar!
O vermelho aproveitou:
- Quer que eu termine para você?
O rosa, encabulado, respondeu que ele mesmo faria, logo que o marrom falou a todos que campo sem flores rosas não seria um belo campo. Então, posicionou-se para começar. Com calma, porém decidido, dirigiu-se aos seu local no campo, que o vermelho e o laranja deixaram para ele, e tirou sua tampa.
- Ixi!
- Rosa, nem comece! Com essa ponta grossa, você vai estragar nossa paisagem!
- Ah, não!
- Esperou até agora pra nos mostrar essa ponta toda desalinhada! Poderíamos ter terminado sem seus borrões!
Então, o amarelo interveio:
- Pessoal, todos já demos o que podíamos dar. Então, deveríamos esperar e ver o melhor que o rosa dará ao nosso desenho.
Com vergonha, porém querendo mostrar o que podia fazer, o rosa começou a dançar sobre o campo. Sabe, o lugar dele era ao fundo da paisagem, na linha do horizonte, onde os detalhes não são tão importantes quanto ao todo. E sua cor alegrou e completou a bela paisagem com perfeição.
Você gostou?